18 de agosto de 2009

Ação


É a descrição do que acontece visualmente na tela. Deve ser escrita no presente, com justificação para a esquerda. Evite os parágrafos longos para o texto não ficar maçante. Cinco linhas é o ideal, depois disso, dê um espaço e abra outro parágrafo se precisar descrever mais a ação.


Evite fazer literatura, procure dar as informações que realmente levem sua história para frente.

Em roteiro, o cotidiano do personagem não é apresentado como na vida real. Evite cenas supérfluas, mas é claro que, se para o desenvolvimento da trama for necessário mostrar o personagem no banho, não há o que pensar duas vezes. Uma cena antológica de Psicose (Psycho), dirigido por Alfred Hitchcock, mostra Marion Crane (Janet Leigh) sendo assassinada no chuveiro por Norman Bates (Anthony Perkins).

Lembre-se: em dramaturgia, a ação vale pela intenção e não pela execução.

INT. AMBULATÓRIO – NOITE

MARIANA PAIVA, cardiologista, ENTRA e vê a enfermeira verificar a pressão arterial da paciente. Ouve o SOM do microfone. Pára e escuta com atenção.

VOZ FEMININA (V.O.)
Atenção! Doutora Mariana, compareça
com urgência ao CTI.

MARIANA
entrega a PAPELETA para a enfermeira e SAI.

Indicações em maiúsculas
1- O nome de um personagem que aparece pela primeira vez no roteiro.
2- ENTRA e SAI (de cena).
3- A palavra CÂMERA, quando usada.
4- Os verbos (ação) e objetos que merecem destaque na cena.
5- Os sons criados na sonoplastia (TROVÃO, TIRO, BUZINA, etc)...
6- Transições como CORTA PARA: /FUSÃO PARA: / MATCH CUT: / FLASHBACK