3 de agosto de 2009

Atividade, ação, conflito


“A vida é ação e o seu final deve ser um modo de ação e não uma qualidade” - Aristóteles.

Quando pensar em assunto, pense em ação e personagem.
Existem dois tipos de ação: física e emocional.
Exemplo: Assaltar um banco é uma ação física, uma perseguição de automóveis e uma corrida também.

Ação emocional é o que acontece na mente de seus personagens durante a trama. A maioria dos filmes possui os dois tipos de ação.

Para o escritor F. Scott Fitzgerald “ação é personagem”.
Por isso, se você conhece as necessidades de seu personagem pode criar obstáculos que gerem conflitos. Como ele vence estes obstáculos é a sua história.

Obs: Segundo o roteirista e professor Frank Daniel, muita correria sem conflito entre os personagens não quer dizer ação, mas sim atividade. Atividades podem revelar personalidades, ampliar nosso envolvimento com os personagens, mas, apesar de enriquecer, não movem a história. (Teoria e Prática do Roteiro, de David Howard & Edward Mabley)

Ex: Se Joana ajuda Mariana a levar uma mala pesada para o carro, esta é uma atividade que revela o lado altruísta de Joana, mas não acrescenta muita coisa. Porém, se o espectador sabe que na mala tem uma bomba pronta para explodir, a atividade transforma-se em ação.

É responsabilidade do escritor criar conflitos para manter o seu público interessado. Sem ação e conflito não há drama. Sem necessidade, não há personagem. Sem personagem, não há ação.

Importante: em dramaturgia a ação vale pela intenção e não pela execução. Toda história deve ter um conflito matriz e os conflitos que surgirem devem ser subordinados ao principal.